EDITORIAL
O resultado só pelo resultado?
Sabemos que o trabalho de quem analisa o futebol no Brasil é pautado quase sempre pelo resultado. O esporte de rendimento exige que quase tudo seja medido pela régua das conquistas. Quase tudo.. Todo o esforço além do resultado asfalta a estrada da campanha, aquela que somente os melhores conseguem caminhar por ela até o fim e chegar onde se sonha.
A faculdade e o canudo do jornalista..
Quando um jornalista formado em uma universidade começa a trabalhar, viajar e compor suas matérias para algum órgão da imprensa, por mais que ele se esforce para retratar os fatos, sua lente, caneta e mente, são incapazes por força da limitação que está sujeito, de interpretar de forma fidedigna tudo que acontece e como acontece no mundo do futebol. Isso sem se falar nos erros crassos de análises daqueles que se acham “especialistas” de algo que sequer praticaram.
Já a experiência..
Uma caneta, uma câmera, um microfone, alguns anos em sala de aula, um veículo de comunicação poderoso, nada disso substitui a prática e a experiência de quem dedicou décadas de sua vida ao exercício daquela prática e isso vale para o Futebol e qualquer outra atividade profissional. Mas e quando quem comete uma gafe é um ex futebolista?
Quando a mágica acontece!
Temos profundo respeito pelos colegas de carreira que se aventuram na difícil jornada do meio esportivo no pós carreira, ex Jogadores e ex Treinadores que prestam excelente trabalho ao migrarem do campo para o estúdio e contribuem para que a faculdade de jornalismo se aproxime cada vez mais da realidade do futebol de verdade que acontece dentro dos clubes. Assim como o Futebol também se aproxima do universo jornalístico, melhorando a forma como o ex atleta e o ex treinador podem qualificar sua performance profissional na frente das telas, ao usar microfones e canetas.
Mas, que isso Joel?
O Treinador Joel é um exemplo que merece ser citado já que a postura de toda sua carreira de Treinador não combina com o “personagem” que Joel às vezes usa em seu Canal ao analisar um colega, um jogo ou fatos corriqueiros do futebol. Em um desses momentos fomos surpreendidos com um Joel agressivo, usando tom ameaçador que não só desmereceu o trabalho do Treinador Jorginho à frente do Vasco e isso já seria algo deselegante da parte dele, como que quase aos berros criticou a atuação dos atletas vascaínos e da Diretoria do clube. Se essa atitude viesse daqueles que se alimentam da fragilidade do resultado e do calor da emoção para destruir a reputação de quem milita no futebol, não seria novidade... Mas do Joel?
Ctrl + C & Ctrl V
O uso deste infeliz e corriqueiro expediente é raso e destoa da brilhante carreira de Joel. Querido por todos, Joel usa este personagem amargo, desconstruindo sua imagem, criando desafetos, adversários e afastando o torcedor carioca da sua audiência. Não é esse o colega de carreira que conhecemos e admiramos. Será que está faltando ao “influencer” Joel, a mesma habilidade e capacidade que sobrou ao Treinador Joel?
Desculpas ao CR Vasco da Gama
Fica aqui a nossa esperança de que o Treinador Joel que conhecemos entre nos estúdios, sem maquiagem, sem personagem, com a prancheta na mão e a agradável simpatia de sempre contagiando e arrebanhando a torcedor que independente do time de coração, sempre admirou o Treinador. Ah! Um pedido de desculpas ao colega Jorginho e aos Dirigentes do Vasco também cairia muito bem Papai Joel. É esse Joel que queremos ver fazer sucesso!
FBTF
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