
Desenvolvimento pessoal e crescimento contínuo são objetivos que norteiam minha vida.
Há 10 anos terminei a carreira de jogador de futsal. Estava no Kuwait. Todo meu network era do “mundo do futsal”. Tive ofertas para começar como head coach imediatamente após parar. Recusei todas.
Refleti e decidi seguir meu caminho no futebol. Fui desaconselhado por muita gente que gosta de mim. “Tu não conheces ninguém e ninguém te conhece. Nem curso de treinador tens.”
Investi boa parte do que ganhei na minha formação teórica através da Universidade do futebol, YouTube, cursos, livros, CBF academy, Johan Cruyff Institute, Football coaching evolution, etc. Coloquei diariamente esse conhecimento em prática treinando escolinhas e times universitários até 2016, quando iniciei meu caminho no futebol profissional. Construí um bom network ao longo do tempo e você é parte importante dele. Concluí a Licença C (2013), B (2014), A (2016) e PRO (2018). Aprendi mais um idioma, o árabe. Também falo francês, inglês e espanhol.
Hoje tive a alegria de receber a carteira da CONMEBOL. Mais um passo. Mais uma conquista que divido com vocês. No mundo altamente competitivo do futebol profissional de alta performance, qualificar-se é uma obrigação. Faço uma menção especial de agradecimento a Péricles Chamusca e Mano Menezes que confiaram em mim e me permitiram dar saltos de qualidade na carreira.
Hoje trabalho no Al Nassr FC da Arábia Saudita, um dos maiores clubes do futebol asiático e sou o único estrangeiro atuante na função de Diretor executivo de futebol na Liga Saudita.
Sempre grato e nunca conformado.
Forte abraço.
Marcelo Salazar
12.11.2022
- Marcelo Salazar

- 2 de nov. de 2022

Hoje tive a honra de representar o Al Nassr no sorteio da Copa do Rei SA 22/23.
Serão 16 times brigando pelo prestigioso troféu e espero poder levantá-lo mais uma vez ao fim da temporada.
No fim, dei uma curta entrevista em árabe para uma TV local.
Marcelo Salazar
01.11.2022
- Marcelo Salazar

- 21 de out. de 2022


Cavar bem, no lugar errado, é cavar mal!
Você concorda com a frase acima? Eu sim. E vou falar aqui o que isso tem a ver com futebol. Faz um certo tempo que existe uma tendência a hipervalorizar instrumentos, máquinas, números, tecnologia, aparelhagem, etc. É muito GPS, software, campos milimetricamente medidos para realização de jogos reduzidos e muitos “cientistas esportivos/especialistas” entrando no futebol para tentar explicar o inexplicável.
Atenção. Não sou radicalmente contra tudo isso. Penso que existem áreas e contextos onde realmente todo esse aparato tecnológico trouxe evolução ao jogo, ao esporte e ao negócio (sim, o futebol também é um negócio). A análise de desempenho é uma delas. Composição de elenco e análise de mercado, idem. Prevenção/ recuperação de lesões é outra. Mas isso não quer dizer que tenhamos que descartar tudo o que era feito antes ou que passar a confiar cegamente em qualquer dado, pois o JOGO é muito mais do que isso… é preciso vivência e capacidade de discernimento para separar o joio do trigo. É necessário ter CLAREZA E VISÃO.
Caso contrário, cavaremos belos buracos, com os mais modernos equipamentos, em menos tempo que antes, com menos barulho, mas esses buracos não nos levarão ao tesouro escondido embaixo da terra… e aí está grande diferença entre o líder e o chefe.
O treinador que tem CLAREZA e VISÃO, analisa o contexto e busca implantar seu melhor modelo de jogo possível para aquele momento. A partir daí ele comunica essa visão e passa a construir o caminho, trabalhando com um foco específico, determinando os melhores instrumentos e ferramentas a serem usados, além de mostrar quando e como usá-los. Cada exercício praticado tem um porquê, um sentido e um significado que está atrelado à visão e ao modelo de jogo. Toda e qualquer atividade está direcionada a criar meios de a equipe ser capaz de operacionalizar essa visão.
Já o treinador que não tem essa visão clara, pode até usar o melhor programa de estatística, criar treinos com jogos reduzidos que darão um ar “moderno” ao seu trabalho ou monitorar os atletas com GPS, mas está apenas cavando belos buracos, no lugar errado. Portanto, cavando mal. Quando inexiste uma visão… é o treino pelo treino ou o jogo pelo jogo. Falta essência.
O paradoxo é que mesmo assim, ainda é possível ganhar e ser campeão, pois no futebol o imponderável tem um grande peso no resultado.
Fico por aqui deixando uma provocação. Toda casa que se preze tem um bom alicerce. Uma base sólida sobre a qual ela é erguida. E ninguém a vê. E você, tem cuidado da sua base? Está se ocupando com o essencial e fundamental ou dando mais valor ao que é acessório? Pense nisso e não esqueça: cavar bem, no lugar errado, é cavar mal.
Um forte abraço. E não pare, pois vida é movimento.
Marcelo Salazar
20.10.2022

























