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O jogo mais complexo do mundo


Hoje vou transcrever um trecho do livro “Espaços de Fase”, que foi escrito por Agustin Peraita, ao tentar explicar à sua irmã, por que o futebol desperta tanta paixão e interesse nele.


Disse ele:


“Por ser o xadrez seja um jogo socialmente associado à inteligência, me ocorreu pensar em uma variação do xadrez que seria ainda mais exigente para a inteligência de quem joga.


Imagine que:


1. Cada jogador pode ter a formação de peças que considerar conveniente, uma com 4 torres, 1 cavaleiro e 1 bispo e outra com 2-2-2 de cada.


2. Esse tabuleiro não seria jogado com 64 possíveis localizações, senão em tabuleiros de superfície retangular com infinitas possibilidades de localização para cada peça.


3. Esse jogo tem um limite de tempo para que os jogadores busquem seu objetivo em um período determinado.


4. O xadrez deixa de ser sequencial e os 2 jogadores podem mexer as peças ao mesmo tempo.


5. Não se move uma peça por vez, senão que todas tem a opção de moverem-se ao mesmo tempo.


6. O jogador não pudesse mover diretamente as peças, mas tivesse que treiná-las antes para que tomem suas próprias decisões no tabuleiro. Se auto organizam a cada momento.


7. As peças têm sentimentos e alternam entre estar cansadas, confiantes, motivadas e com medo.


8. Existem sinergias entre algumas peças e que, quando se juntam, são capazes de movimentos inesperados.


9. As peças pudessem se transformar de uma partida a seguinte, de peão para bispo e de bispo para rainha.


10. Existisse um entorno (família, amigos, pessoas relacionadas com o conjunto de fichas) condicionando tudo isso de uma maneira incontrolável, positiva e negativamente, durante a própria partida, entes e depois.


Esse xadrez tão complexo, que requer tanta inteligência para enfrentar com garantias uma partida, se chama FUTEBOL.”


Hoje entendo o porquê da expressão que eu escutava muito em Recife durante minha infância e juventude que dizia que o futebol de salão e o futebol eram “xadrez de pobre”.


Forte abraço e que DEUS abençoe a todos.


Marcelo Salazar


30.11.2023



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"Cavar bem, no lugar errado, é cavar mal!"

 

Tudo bem? Já parou para pensar nisso? E o que isso tem a ver com futebol? Hoje em dia, há uma tendência a supervalorizar máquinas, números, softwares, GPS, câmeras, drone, inteligência artificial etc.


Os campos são milimetricamente medidos para realização de jogos reduzidos. Assim, muitos “cientistas” acabam entrando no futebol tentando explicar o inexplicável. Ou tentando vender o “santo graal” que vai mudar o patamar de seu time.

 

Eu não estou aqui indo radicalmente contra essa tendência. Estou convicto que existem áreas onde realmente todo esse aparato tecnológico trouxe grande evolução ao jogo e ao business (sim, o futebol também é business). Afinal, tudo o que se mede, se melhora.  Scouting, recrutamento, inteligência de mercado, análise de desempenho, prevenção/recuperação de lesões e relacionamento com o torcedor são algumas dessas áreas. Mas isso não quer dizer que tenhamos que descartar tudo o que era feito antes (experiência prática e empírica) ou que tenhamos que confiar cegamente nos dados estatísticos e na “ciência”. Cuidado ⚠

 

Nunca despreze o olho humano, afinal, o jogo é muito mais do que números… é preciso vivência e capacidade de discernimento. CLAREZA E VISÃO. Senão, é como se cavássemos belos buracos, com modernas escavadeiras, em menos tempo que antes, fazendo menos barulho, mas esses buracos não nos levassem ao tesouro escondido embaixo da terra… e aí está grande diferença entre o líder e o chefe. O chefe só se ocupa do processo (Cavar “bem”). Já o líder, se ocupa de saber para que, como, onde e quando cavar.

 

Desde setembro estou fazendo o “UEFA Elite Scouting programme”. Recentemente estivemos em Londres e vi realidades tão distintas quanto as Arsenal e do Brendford, ambos da Premier League, clubes com alguns objetivos comuns e outros radicalmente opostos. Tenho colegas de curso que trabalham no Chelsea, Liverpool, Sparta Praga, KRC Genk, Sporting CP, Colorado Rapids etc. Também costumo conversar com profissionais brasileiros. É um consenso que softwares e inteligência artificial não são o futuro. São o presente. Mas entender não só o jogo mas também o contexto em que se trabalha é primordial para fazer um trabalho assertivo e de alta qualidade.

 

O gestor/treinador que não tem clareza, visão e capacidade de interpretação do contexto em que atua, pode até usar o melhor programa estatístico, criar processos que dão um ar “moderno” ao seu trabalho, monitorar os atletas com GPS, filmar treinos com drones, mas estará apenas fazendo belos buracos, no lugar errado. Portanto, cavando mal, já que esse aparato tecnológico nada mais é, nesse caso, do que uma cortina de fumaça, pois se a visão inexiste… é o treino pelo treino ou o jogo pelo jogo. Falta a base.

 

E toda casa que se preze tem um bom alicerce. Uma base sólida sobre a qual ela é levantada. Só que mesmo sendo tão fundamental, ninguém a vê.

 

Você está se ocupando com o fundamental ou dando mais valor ao que é acessório? A intuição favorece a mente preparada. Pense nisso e não esqueça: "Cavar bem, no lugar errado, é cavar mal!"

 

Um forte abraço e que DEUS te abençoe

 

 

Marcelo Salazar



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Hoje termino o segundo módulo presencial do UEFA Elite Scout Programme, em Londres.


As aulas foram no Gtech Stadium (Brendford FC), Tottenham Hotspur stadium e no Emirates Stadium (Arsenal), além de assistir ao vivo o jogo Millwall 1x2 Blackburn Rovers.


Dentre os assuntos discutidos e estudados:


- Uso inteligente de big data;

- Estratégias de recrutamento (equipe principal e categorias de base);

- Recrutamento de treinadores;

- Ferramentas mais atualizadas no auxílio para a montagem de elenco.


Além de todos os conteúdos abordados, as conversas com os colegas e professores, não só aumentam meu network em escala global, mas também são uma valiosa fonte de insights que me capacitam para seguir atualizado no ultra competitivo mundo do futebol profissional de alta performance.




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